quarta-feira, 11 de junho de 2014

Originalidade

Tudo aquilo que eu penso que penso não sou eu que penso.
Outro alguém pensou por mim.
Outros alguéns.
O meu pensamento é a junção de muitos pensamentos já existentes de outras pessoas.
O que é que eu penso?
O que é que TU pensas?
Sem citar, sem lembrar mas por ti... Nada!
Tu não pensas nada. Porque isso seria ter uma ideia autenticamente original, algo que não existe.
O que eu penso é o resultado do que eu ouvi ao longo da minha vida, que, com a minha personalidade recolhi o que achava importante e, por isso, criei uma ideia. Não criei, juntei uma ideia. E isto foi uma cotação. Uma cotação apenas.
Mas uma coisa que não pensei através dos outros foi que penso através dos outros, mas, ainda assim, será que isso não foi uma recolha de ideias que se mantiveram no meu inconsciente e agora vieram ao de cima?

Será que alguém alguma vez teve uma ideia original?  

A literalmente vossa

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Engano da sociedade

Sinto na sociedade um engano na definição de íntimo pessoal e público, em que o íntimo se torna público, o público pessoal e o pessoal íntimo. 

A literalmente vossa

objetivo da arte

A arte só serve e existe se for para o outro.
Apenas quando a arte se cria para ajudar o outro se pode dizer que se criou algo belo.
Nada é mais belo do que a ajuda ao outro. Nada. Nem a flor que nasce com o nascer do sol mais exótico ou a água que cai ao anoitecer, transparecendo o brilho e a inocência do desconhecido do luar. A ajuda ao outro transparece o mais belo e único que há em cada um de nós. E neste caso específico, nos poetas, que procuramos o mais único e belo do universo inteiro.
Independentemente da maneira ou tema em que o poeta e artista pega para descobrir o original e o belo, ou a originalidade do belo, qualquer arte baseia-se no puro e verdadeiro que existe no íntimo dele mesmo, que é o íntimo de qualquer pessoa e, por isso é tao apreciado e respeitado. Mas essa busca apenas encontra a sua origem e extrema pureza na ajuda aos outros. Na utilidade que o poeta tem na sua palavra que eleva a alma daqueles cujas palavras são mais fracas que as ações. Porém, e apesar do reconhecimento da arte ao longo do mundo e dos tempos, o artista sente-se um nada, sem contribuição para dar a vida no dia a dia. Afinal, o que é que um mariquinhas e fraco que passa a vida a pensar em coisas para além da vida porque não consegue encarar a realidade e pensar que não é amado. Como é que alguém assim pode amar alguém? Esse é o verdadeiro objetivo da arte.

A arte só é arte quando oferecida do fundo do coração.

A literalmente vossa

Indeciso


Bem vindos ao indeciso. É aqui que mais de metade das coisas se passam e as que não se passam já passaram antes de ir para a certeza, que é uma seca.

A literalmente vossa