terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Círculo

Quando a vida era uma bagunça e eu chorava todos os dias, eu gostava. Quando a vida acalmou e eu passei a sorrir todos os dias, eu gostava. Mas quando a vida parou e eu deixei de sorrir ou chorar todos os dias, eu não... nada.



A literalmente vossa 

O Amor não é um sentimento

O amor não é um sentimento. Amar não é sentir, é agir.

       Quantas pessoas amamos de verdade? Quantos corações partimos e quantos pedaços do nosso coração ficaram espalhados pelo caminho? Quantas vezes ficamos em casa a pensar em alguém especial, perdendo a oportunidade de o/a fazer feliz? Ou será que não o/a queremos fazer feliz?
            Será que o amor é algo egoísta e egocêntrico que só resulta se nos fizer bem e felizes? Se  for igualmente sentido? O amor é tão mais que isso.
            Amar é horrível! Sim amar é horrível. Amar é sentir cada batida do coração do outro, é custar cada dor e sentir cada alegria. Amar é esquecer-se de si. Pôr-se como escravo de quem se ama. Sim escravo. Totalmente utilizado e abafado pelas necessidades do outro. O amor é cego. Ai meu Deus, como o amor é cego. Nada vê. Nada, nem a outra ou o outro nem a pontinha de desinteresse que muitas vezes é maior que o resto da corda. Que muitas vezes a pontinha de desinteresse é a única coisa que existe. Mas o amor não vê. Porque o amor é cego!
            Amar é horrível! Amar é perguntar-se a si mesmo todos os dias se a pessoa está bem, se precisa de alguma coisa. Estar pronto a correr o mundo para arranjar o que quer que seja que a pessoa queira ou necessite e mesmo assim sentir-se culpado por não perguntar todos os segundos o que é preciso fazer. Amar é não conseguir imaginar se algo de mau acontece mas afastar-se o suficiente para a pessoa respirar, não vá ela/e fartar-se da minha companhia.
            E ainda dizem que o amor é lindo. É lindo para quem nunca o sentiu! É lindo para quem acha que se ama alguém e se esquece um ser amado em dois dias ou duas semanas. É lindo para quem dorme descansado à noite sem nunca pensar nos momentos fantásticos que já passou ou nos perigos que podem passar. É lindo para quem nunca viveu para uma só pessoa.

            Mas o amor é o amor. É a arma mais forte do universo. E digo que quem souber amar sabe governar o mundo, porque é preciso mais força para amar uma só pessoa do que para odiar 100000. É preciso mais coragem para assumir esse amor e transborda-lo do que enfrentar o seu maior medo. E quem ama sabe que nunca vai deixar de amar. E quem ama sabe tudo o que é preciso saber.


A literalmente vossa

A maior dor de um ser humano é não ter dor

A maior dor de um ser humano é não ter dor, nem paixão, nem alegria, nem amor.
A maior dor de alguém é o vazio, de não ser ninguém. Perante os outros, a sociedade e perante si mesmo. O pior desalento é a solidão de si mesmo, pois até um maluco que fala sozinho é mais feliz que um pobre que não pode falar sozinho.
           A literalmente vossa 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Vida de um poeta

            A vida de um poeta é algo que não existe. E não existindo, é criada constantemente na sua cabeça.
            A vida de um escritor são as suas palavras. Vazias, sem sentido que não passam de mentiras bonitas sobre o nada que se finge de alguma coisa e tenta ser tudo.
            Mas é preciso ouvir um poema para perceber a sua vida. Porque está lá. Escondida, algures. Entre palavras que nada são e frases feitas para impressionar, a vida de um poeta está nas vírgulas e nos momentos entres as palavras.

            Quando se lê um poema não se vê a vida de quem o escreveu, mas a sua própria vida. Mas quando se escreve um poema. Cada palavra tem um código de tempos de ser escrita. Uma emoção que transborda o seu significado.

A literalmente vossa